A "saga" Gran Turismo cresceu juntamente com a PlayStation, afirmando-se como um jogo de referência para todos quantos gostam de títulos de automóveis. Foi assim com a consola original e com todas as outras, da PS2 à PS3. Agora, cerca de quatro anos depois do último jogo desta "série", chega-nos o Gran Turismo Sport, o primeiro "GT" para a PlayStation 4. E como não poderia deixar de ser, a expectativa é grande. Afinal estamos a falar de um jogo de culto, transversal a várias gerações e que promete fazer com que todos nós sonhemos ser pilotos… nem que seja por umas horas!
Depois de vários trailers que nos deixaram com água na boca, estamos a menos de uma semana da estreia mundial, que acontecerá no próximo dia 18 de Outubro. Mas AQUELA MÁQUINA esteve no Autódromo do Estoril a convite da PlayStation Portugal e já "deitou" as mãos a este jogo, sendo que pelo meio ainda falámos com o piloto português Filipe Albuquerque que nos ajudou a transportar as emoções do jogo para a realidade, levando-nos a alta velocidade pelo circuito do Estoril num Caterham Seven (vídeo abaixo).
A integração com o PlayStation VR - o sistema de realidade virtual da PS4 -, a estreia da Porsche no catálogo de um Gran Turismo e o facto de ser o primeiro jogo homologado pela FIA (Federação Internacional do Automobilismo) - permitindo entrar em provas como a Taça das Nações, são ingredientes mais do que suficientes para fazer deste GT Sport - a designação numérica usada entre o GT 1 e o GT 6 foi abandonada - um dos títulos mais poderosos da nova geração de consolas da Sony, e logo no ano em que cumpre o 20º aniversário.
Ao todo estarão disponíveis 170 automóveis de várias categorias e 20 circuitos espalhados por todo o mundo. Está longe de ser a maior "oferta" que já tivemos num jogo da saga, mas a Polyphony Digital e Kazunori Yamauchi, criador do Gran Turismo, optaram pela qualidade em vez da quantidade. E olhando para o detalhe visual das pistas e dos habitáculos rapidamente percebemos que valeu a pena.
Filipe Albuquerque, que nos confessou ser fã da série GT desde a PS1, adiantou-nos que graças à evolução que os simuladores em geral (e o GT em particular) sofreram nos últimos anos são cada vez mais uma ferramenta de trabalho para si. "Os simuladores estão cada vez melhores. Não só a pista como o ângulo da curva, os correctores, as placas, e tudo o que existe à volta, tudo isso tem a ver com os pontos de travagem e com as nossas referência. Não só ficamos a conhecer a pista como criamos rotinas. Quando se chega ao fim-de-semana da corrida isso permite-me poupar tempo em pista", revelou o piloto natural de Coimbra, antes de declarar : "com os óculos VR estamos completamente embrenhados no jogo, dá ainda mais a noção de realidade".
Não podíamos perder a oportunidade de perguntar ao Filipe como vê a passagem de alguns "pilotos de sofá" para as pistas (reais), como o caso do espanhol Lucas Ordóñez ou do português Miguel Faísca. "Vejo com bons olhos, mas claro que têm as suas dificuldades quando começam. Saber ler os adversários na primeira volta, saber travar na zona suja da pista, lidar com os pneus frios, tudo isso é mais difícil para eles. Nessa parte, os pilotos que começaram jovens nos karts têm uma grande vantagem. Mas tudo se ganha com a experiência", concluiu, antes de nos levar para a pista a bordo de um Caterham Seven que nos arrancou uns quantos sorrisos.
A partir do dia 18 a experiência não será tão intensa quanto a que tivemos no Estoril, mas garantimos que este GT Sport nos vai "roubar" muitas horas até completarmos as já famosas "licenças" e até que o nosso nome esteja no topo de todas as competições.